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Péricles Leal




Lista de revistas com trabalhos de Péricles Leal
Veja lista detalhada dos trabalhos


Péricles Leal nasceu na Paraíba e desde cedo teve contato com a leitura, desenvolvendo a intelectualidade, que se tornou marca de seus trabalhos. Era filho de Simião Leal, jurista, ficcionista, que dedicou toda a sua vida ás letras.

Péricles começou em rádio, antes de ir para a televisão. A televisão já existia, quando ganhou de Assis Chateaubriand uma bolsa para ir aos Estados Unidos estudar o novo veículo de comunicação. Estudou também rádio e trouxe o modelo de rádio musical, intercalado com comerciais. É esse o estilo mais usado até hoje nas emissoras FM.

No início de 1952 foi autor de uma novela para a TV Tupi, quando elas ainda não eram diárias. E Péricles já criou, pois colocou um ambiente rural, em cenários montados dentro de estúdios. A novela tinha o nome de: “Sangue na Terra” e passava-se na Serra da Borborema, onde contava-se a história de Antônio Silvino, jagunço que se torna cangaceiro de Virgulino Ferreira, o Lampião.

Foi também Péricles Leal que criou o primeiro herói juvenil brasileiro: o Falcão Negro, grande sucesso em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em São Paulo o herói era representado por José Parisi e no Rio por Gilberto Martinho. Em 1961, ao lado de Túlio de Lemos, Péricles levou seu herói para o mundo dos quadrinhos. Assim como o “Capitão 7” (da TV Record) e “Vigilante Rodoviário”, o “Falcão Negro” saiu da televisão e foi para o universo do HQ.

Ainda na TV Tupi, Leal foi autor do “TV de Aventura”. Foi quando Chateaubriand o chamou para dirigir a TV Ceará, em Fortaleza. Ali Péricles fez parte do CPTE-Curso de Preparação de Equipes de Televisão, dado às novas Emissoras Associadas de Televisão. Mas Leal acabou por assumir a direção artística da TV Ceará. Os ensinamentos de Péricles deram á emissora a certeza do profissionalismo, pois ele já estava com 10 anos de trabalhos, em teatro, cinema, rádio e artes em geral.

Para Péricles, televisão era um veículo, uma manifestação artística, com identidade própria. Na TV Ceará foi ele que descobriu o talento genuino de Renato Aragão, que logo veio para São Paulo, e se lançou nacionalmente através da TV Excelsior, tendo se transferido logo a seguir para a TV Record.

Em 1967 Péricles Leal foi para a Rede Globo de Televisão, sendo que anos mais tarde voltou a trabalhar junto com Aragão, já como Didi. Na dramatrurgia da Globo, Péricles escreveu: “Memórias de Amor” que teve a direção de Gracindo Junior e Herval Rossano. A história era baseada no romance: “O Ateneu”, de Raul Pompéia. Em 1991 escreveu “Os Homens querem Paz”, para o programa: “Caso Especial”.

Péricles Leal faleceu bastante cedo e entrou para a história da televisão por sua cultura e criatividade, como um dos grandes produtores nacionais.

Notas e fontes —
www.netsaber.com.br/biografias




Personagens criados por Péricles Leal (3)


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  • Erico Molero
  • Adicionado por
    Erico Molero
    em 24/10/2007 14:24:00
    Editado por Antônio Luiz Ribeiro