Super-Homem

Nome: Clark Joseph Kent / Kal-El
Nome original: Superman
Licenciador: DC Comics
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Jerry Siegel, Joe Shuster

Lista de revistas com participação de Super-Homem

Primeira aparição no:

País de origem

Brasil

Considerado um dos maiores ícones da cultura pop do século XX — e um dos personagens mais influentes da história da ficção — o Super-Homem foi criado em 1938 por dois jovens judeus, Jerry Siegel e Joe Shuster, fãs apaixonados por ficção científica, literatura pulp e aventuras como John Carter de Marte, de Edgar Rice Burroughs. Dessa mistura de referências nasceu o arquétipo definitivo do super-herói.

Desde sua criação, a origem do Super-Homem (grafia adotada oficialmente no Brasil nas publicações mais recentes, embora “Superman” ainda seja amplamente utilizada) passou por diversas reformulações editoriais. Apesar disso, a premissa central permanece praticamente intacta.

No distante planeta Krypton, o renomado cientista Jor-El descobre que seu mundo está à beira da destruição. Ao tentar alertar o Conselho Científico kryptoniano, é ridicularizado e ignorado. Sem alternativas, Jor-El e sua esposa, Lara, tomam uma decisão desesperada: enviar seu filho recém-nascido, Kal-El, em uma pequena nave espacial para um planeta distante onde a vida poderia prosperar — a Terra. Assim como Moisés na narrativa bíblica, a criança é enviada ao desconhecido para sobreviver.

A nave atravessa o espaço e acaba aterrissando nos arredores da pequena cidade de Smallville, no Kansas, onde é encontrada por um casal de fazendeiros de bom coração, Jonathan e Martha Kent. Eles adotam o menino e lhe dão o nome de Clark Kent, criando-o com valores sólidos, senso de responsabilidade e profunda empatia pelo próximo.

À medida que cresce, Clark aparenta ser um garoto comum, mas logo se revela extraordinário. Sob o sol amarelo da Terra, suas células kryptonianas passam a absorver energia solar, concedendo-lhe habilidades sobre-humanas: força e velocidade incalculáveis, invulnerabilidade, visão de raios X e de calor, super-audição, super-sopro e, posteriormente, a capacidade de voar.

Em Smallville, Clark forma laços que o acompanharão por toda a vida, como sua primeira paixão, Lana Lang, e amigos como Pete Ross. Ao concluir o ensino médio, decide estudar jornalismo, acreditando que essa profissão o manteria próximo dos acontecimentos do mundo e permitiria ajudar as pessoas de forma discreta. Embora seja um repórter extremamente competente, Clark constrói deliberadamente a imagem de um homem tímido, gentil e desajeitado, evitando levantar suspeitas sobre sua verdadeira natureza.

Ciente de que revelar sua identidade colocaria em risco sua vida pessoal e aqueles que ama, Clark cria um alter ego heroico: o Super-Homem. Diferente de muitos vigilantes, ele opta por não usar máscara, pois deseja inspirar confiança e esperança. Para reforçar a separação entre suas identidades, Clark adota óculos, muda sua postura, sua linguagem corporal e até seu tom de voz — um dos disfarces mais icônicos da ficção.

Em Metrópolis, Clark passa a trabalhar no jornal Planeta Diário, onde conhece o exigente editor Perry White, o jovem fotógrafo Jimmy Olsen e a brilhante repórter Lois Lane, que se tornaria não apenas seu grande amor, mas também a pessoa mais próxima da verdade sobre quem ele realmente é.

Com o tempo, o Super-Homem se torna uma figura central no cenário heroico da Terra, formando alianças com heróis como Batman, Flash, Lanterna Verde e outros, além de ajudar a fundar a Liga da Justiça. Ao mesmo tempo, passa a enfrentar inimigos memoráveis, como Lex Luthor, Brainiac, Metallo e Bizarro, cada um representando desafios físicos, morais ou ideológicos.

Em versões mais modernas da cronologia, Clark descobre sua herança kryptoniana ainda jovem, muitas vezes guiado por registros holográficos de Jor-El. Em outras, esse conhecimento só se completa após ele já ter assumido o manto do Homem de Aço. Independentemente da versão, o cerne do personagem permanece o mesmo: um alienígena que escolheu ser humano, movido não por poder, mas por compaixão, esperança e justiça.