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Targo



Licenciador: Estúdio D-Arte Ltda
País de origem: Brasil
Criado por: Fernando de Lisboa, Gedeone Malagola, Heli Otavio de Moura Lacerda

Lista de revistas com participação de Targo

Criado no início dos anos 60, a origem editorial de Targo ainda não foi plenamente esclarecida. Existem duas versões para a origem desse curioso herói das selvas. De acordo com Rodolfo Zalla, a antiga editora Outubro queria “confundir os leitores” desavisados “que, por causa da posição em que as revistas ficavam” expostas nas bancas, “poderiam achar que o 'Tar' era de Tarzan”. Segundo o Zalla, o provável criador foi o editor Heli Otávio de Moura Lacerda, um dos fundadores da editora.

Já Gedeone Malagola dizia que Targo veio do sobrenome de um colega dos tempos da polícia, “Targa”, nome que Gedeone ironizava por se parecer com o do conhecido Homem-Macaco. Quando a Outubro encomendou um herói das selvas, Gedeone sugeriu o nome Targo, em homenagem ao colega.

A série seria primeiramente ilustrada por Fernando Lisboa e depois, durante muitos anos, por Zalla. Os roteiros, bem como a concepção de personagens como Targo, geralmente eram desenvolvidos pela cúpula editorial, comandada por Jayme Cortez.

O herói surgiu pela primeira vez em revista própria: “Targo” n° 1 (uma edição especial de “Zaz-Traz”). Sua origem é bem parecida com a de “Tarzan” e suas aventuras com as do “Tor” do Joe Kubert (“Tor” inclusive tinha uma versão produzida no Brasil pelo próprio Gedeone). Nessa revista de “Targo” é narrado como um avião caiu na selva amazônica (“na fronteira do estado do Amazonas com o Peru”) e o único sobrevivente — um bebê — foi resgatado pelos “Homens Apocajés”. O local, um "mundo desconhecido", preserva animais pré-históricos, como dinossauros e mamutes, além de bichos da fauna atual, como onças. Targo conhece a saída de lá, mas a mantém em segredo.

Com o fim da Outubro, Targo passou a ser publicado pela Taika (que era uma continuação da Outubro). As novas histórias passaram a ser comandadas por Zalla, que afastou o herói do universo de “Tor” para lhe conferir uma personalidade própria (se bem que ainda influenciada por “Tarzan”). Zalla contava com os roteiros de Helena Fonseca na série. Algum tempo depois, quando Zalla deixou Targo, o personagem viria a ser desenhado por Nico Rosso (ainda com os roteiros de Helena). Rosso e Helena conferiram às novas historietas um certo erotismo, leve e disfarçado, que não
era presente até então. Talvez isso tenha se dado pela habilidade de Rosso em desenhar mulheres bonitas e sensuais, mas o fato é que começaram a aparecer mais e mais personagens femininas nas histórias. Fossem elascaçadoras brancas ou raínhas de civilizações perdidas no coração da selva, todas invariavelmente se interessavam pelo herói, muitas vezes de forma explícita, causando cenas de ciúme na companheira deste, a bela Arimá.


Notas e fontes —
http://web.archive.org/web/20080214140519/
http://www.operagraphica.com.br/a_entrevista/entre_rodolfozalla.htm
Antônio Luiz Ribeiro;
Roberto Guedes, “Stripmania” n° 2 Opera Graphica 2003;
Franco de Rosa, “Wizmania” n° 6, Panini Comics, Outubro de 2008.

Targo



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