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Sombra



Nome: Lamont (Kent Allard) Cranston
Nome original: The Shadow
Licenciador: Street & Smith
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Harry Charlot, Walter Gibson - ‘Maxwell Grant’

Lista de revistas com participação de Sombra

    Primeira aparição no:
  • Brasil
    Lobinho, O  n° 12 - Grande Consórcio Suplementos Nacionais
De todos os aventureiros de revistas policiais (“pulps”) e de programas radiofônicos, o Sombra (The Shadow) talvez tenha sido o que teve a criação mais curiosa. No início, ele não era o solucionador de crimes misteriosos o qual conhecemos hoje, de chapéu, sobretudo e com aquele característico nariz aquilino. O Sombra era a voz de abertura do programa radiofônico Detective Stories (baseado no “pulp” de mesmo nome). O tal apresentador misterioso – James LaCurto e, posteriormente, Frank Readick –, reza a lenda, foi ideia de um dos roteiristas, Harry Charlot, o qual sugeriu a criação de um locutor chamado “O Sombra”. Dave Chrisman e Bill Sweets, da agência publicitária patrocinadora do programa, ampliaram o papel daquela onisciente voz sem corpo: ao invés de apenas abrir o programa, ele também seria o narrador. O “pulp” Detective Stories era publicado pela Street and Smith, que esperava que o “show” alavancasse as vendas. Para surpresa da Editora, o misterioso narrador revelou-se mais interessante do que as histórias em si – ele literalmente roubava o programa! – e os ouvintes, quando iam às bancas, não pediam a Detective, mas “a revista do Sombra”, uma revista... que não existia! Sem perder tempo, a Street and Smith incumbiu o jovem escritor (e ex-mágico) Walter Brown Gibson de escrever as aventuras solo do personagem. Sob o pseudônimo de Maxwell Grant, Gibson – na época era moda autores de “pulps” e de HQ´s usarem pseudônimos – criou o Sombra em 1930, um vigilante misterioso, vestido de preto, o qual atuava predominantemente à noite e valia-se da sua aparência aterradora para aterrorizar os criminosos. Tais elementos serviram de influência na criação de alguns heróis de quadrinhos, entre os quais Batman e Fantasma. A primeira aventura do novo herói foi publicada com data de capa de 1º de abril de 1931, intitulada A Sombra viva. O sucesso foi imediato e o “pulp” do Sombra, planejado inicialmente para ser quadrimestral, tornou-se mensal. No início de cada aventura, sempre havia a frase: “Dos arquivos particulares do Sombra, como recontados a Maxwell Grant”. Era um recurso comum nos “pulps”, para dar a impressão de que o herói existia mesmo. Afinal, muitos colecionadores, ao lerem histórias tão empolgantes, ficavam com uma pulga atrás da orelha: será que não haveria algo de verdadeiro nas aventuras? Nas primeiras histórias, o Sombra não era exatamente o personagem principal. Ninguém sabia quem ele de fato era (“Meu passado é só meu”, disse ele uma vez). Na verdade, inicialmente nem Gibson (e seus roteiristas auxiliares) parecia saber quem ele era. As histórias giravam em torno dos que se envolviam com o Sombra, os agentes que ele chefiava e os vagabundos que ele combatia em Nova Iorque. Ele atuava mais nos bastidores e só costumava aparecer para valer quando o leitor descobria o esquema da trama. E ainda assim parecia mais um vilão daqueles clássicos seriados de matinê do que um herói combatente do crime. Ele costumava assumir duas identidades civis: a do milionário Lamont Cranston e a do piloto Kent Allard. Com os anos, algumas passagens do passado do Sombra foram reveladas em doses homeopáticas: ele foi agente na Moscou pré-revolucionária durante a guerra, enfrentou Rasputin, conheceu a princesa Anastásia e ganhou do Czar seu opala-de-fogo: um girassol (uma variedade de quartzo brilhante empregado em joalherias) o qual usa no anel da mão esquerda para hipnotizar seus inimigos.

Sombra



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