Vertigo: Além do Limiar


Paul Kersey



Licenciador: sem licenciador
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Brian Garfield, Wendell Mayes

Lista de revistas com participação de Paul Kersey

Paul Kersey é um personagem fictício criado pelo escrito Brian Garfield para o romance Death Wish. Em 1974 foi gravado um filme baseado no livro, batizado com o mesmo nome do livro; "Death Wish" (Desejo de Matar no Brasil). O filme foi dirigido por Michael Winner e estrelado por Charles Bronson no papel de Paul Kersey.

O filme foi um sucesso comercial e gerou uma franquia, tendo quatro sequências ao longo de um período de vinte anos. O filme foi detestado por muitos críticos, devido a ele defender o vigilantismo e a punição ilimitada para os criminosos, diferente do romance, que condena a ideia.

Sinopse

O filme começa com Kersey passando férias com a esposa, Joanna (Hope Lange), no Havaí. O clima paradisíaco e pacífico do litoral é repentimente quebrado quando os personagens voltam para a deprimente Nova York da época, representada como uma verdadeira selva de pedra dominada pelo crime. Tanto que, na volta ao emprego, Kersey recebe de um colega as "estatísticas" do dia em matéria de roubos e homicídios. "Como é voltar do paraíso para o campo de batalha?", pergunta o colega de trabalho. Mas Kersey é um cara humanitário, acredita na polícia e defende os menos favorecidos. Isso até se tornar ele próprio uma vítima do caos.

Certo dia, um trio de jovens marginais invade a casa do arquiteto, num condomínio residencial de bom nível. Além de espancar violentamente a esposa de Kersey, ainda estupram sua filha, Carol (Kathleen Tolan), numa cena brutal e realista que provocou escândalo na época de lançamento do filme.

Kersey está no trabalho e recebe um telefonema do genro, Jack Toby (Steven Keats, de "Fúria Silenciosa", que cometeu suicídio em 1994), avisando sobre a agressão. Ao chegar no hospital, descobre que a esposa morreu em consequência das agressões e que a filha ficou em estado catatônico, incapaz de superar o trauma do estupro. Ela é internada num manicômio, fazendo com que a vida perfeita de Kersey desmorone subitamente.

Mas não é neste momento que o protagonista se transforma num vingador sanguinário. Muito pelo contrário: numa abordagem bastante realista da trama, ele continua agindo como uma pessoa normal que acredita nos meios "oficiais", procurando a polícia para saber detalhes sobre a caçada aos criminosos, chorando muito ao lembrar da esposa (principalmente ao receber, pelo correio, as fotos reveladas da viagem ao Havaí) e tentando encontrar um meio de reconstruir sua vida.

Não demora para o arquiteto perceber que é inútil esperar pela polícia. Afinal, o próprio detetive que investiga o caso diz que é muito difícil que os bandidos sejam localizados. Para fugir da sensação de impotência, Kersey aceita uma viagem de trabalho ao Arizona, para supervisionar um projeto habitacional.

É na cidade de Tucson, que nasce o lado vingador do protagonista. Ele descobre que ali todos andam armados e as taxas de criminalidade são mínimas. Também visita uma típica cidade do Velho Oeste e assiste a uma encenação em que um xerife dá cabo de vários bandidos. Finalmente, é levado a um clube de tiro, onde pega numa arma pela primeira vez depois da Guerra da Coréia (em que serviu como pacifista e opositor ao conflito). Antes de voltar para casa, Kersey ganha um revólver calibre 32 do seu cliente do Arizona, e é quando ele se sente um verdadeiro "xerife" disposto a fazer justiça pela lei do revólver.

A partir de então, começa a andar sozinho - e armado - pelas ruas de Nova York, à noite, dando mole para a bandidagem. Quando é abordado por um assaltante, reage dando-lhe um tiro certeiro na barriga. Kersey foge assustado, volta para casa e, chocado com o próprio ato, vomita de asco. Depois daquilo, Paul Kersey nunca mais será o mesmo.

O protagonista se sente cada vez melhor ao matar marginais aleatoriamente pelas ruas da cidade. E o roteiro deixa isso bem claro quando, após algumas saídas noturnas e algumas sessões de tiro ao alvo em delinquentes, Kersey volta a ser um homem feliz e confiante, como se somente o sangue dos criminosos pudesse trazer a paz a alguém que sofreu uma perda como a dele.

Em pouco tempo, o "vigilante", como é batizado pela imprensa, se transforma num exemplo para os nova-iorquinos, que esperavam por alguma solução para a alta criminalidade da cidade. O ato solitário de Kersey faz com que os cidadãos também reajam e façam justiça com as próprias mãos.

Mas as ações do vigilante acabam se transformando numa ameaça política. O prefeito da cidade descobre que a criminalidade baixou em quase 50% desde que o arquiteto iniciou sua guerra contra o crime. Como não pode incentivar a justiça individual, e nem criar um mártir com a prisão do vigilante, ele exige que o detetive Frank Ochoa (Vincent Gardenia) identifique o justiceiro e "expulse-o da cidade".

Matéria completa em http://filmesparadoidos.blogspot.com.br/2012/09/desejo-de-matar-1974.html


Paul Kersey



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 05/05/2011 07:12:00