Vertigo: Além do Limiar


Namor, O Príncipe Submarino



Nome: Namor McKenzie
Nome original: Namor, The Sub-Mariner
Licenciador: Marvel Comics
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Bill Everett

Lista de revistas com participação de Namor, O Príncipe Submarino

    Primeira aparição no:
  • País de origem
    Motion Picture Funnies Weekly (1939)  n° 1 - Funnies Inc.
  • Brasil
    Gibi  n° 142 - O Globo
Criação de Bill Everett, surgiu em 1939, no gibi “Motion Picture Funnies”, para promover a seqüência do seriado “O Império Submarino”. O tal seriado acabou não saindo do papel, mas Namor, ao contrário, continuou nas revistas da editora Timely (hoje Marvel).

Em 1920, o navio explorador “Oracle” viajava próximo à Antártida e detonou cargas explosivas no fundo do oceano para conseguir abrir espaço para a embarcação passar com segurança. Influenciado por um vilão chamado Paul Destino, o “Oracle” procurava os restos de uma antiga civilização. Sem saber, no entanto, a equipe do navio estava destruindo com seus explosivos uma imensa cidade onde viviam os atlantes, uma espécie de homens do fundo do mar (na realidade, no original, muitos pareciam mais com peixes que com homens).

O imperador daquele mundo, rei Thakorr, ordenou então à sua filha - Fen - que fosse com um grupo de guerra à superfície descobrir o que estava acontecendo. Fen, porém, decidiu ir sozinha e usando uma poção que lhe permitia respirar ar, subiu ao navio, deixando a tripulação encantada com sua beleza. Para investigar melhor, a princesa decidiu permanecer no navio aprendendo a cultura e a língua daqueles homens, ao mesmo tempo em que tentava impedir novas detonações, mas acabou se apaixonando pelo capitão, Leonard McKenzie.

Os dois se casaram no navio e logo depois McKenzie descobriu a cidade perdida que procurava (por sinal, criada por outro povo submarino, os Lemurenses), mas Destino ficou louco ao encontrar na cidade uma relíquia maligna, o Capacete do Poder, e incidentalmente explodiu tudo. McKenzie conseguiu voltar para o navio que, no exato momento em que ele chegou e abraçava Fen, foi atacado por soldados do pai dela, que acreditavam que a princesa havia sido raptada.

O comandante foi gravemente ferido em frente à esposa (e ela acreditou que ele morreu). A cidade começou a ser reconstruída e Fen descobriu que estava grávida: tempos depois, nasceria Namor. O nome, por sinal, significa “filho vingador” na língua atlante. Namor nasceu com asas nos pés, força descomunal e anfíbio. A única criatura que se parecia com ele era uma prima, Aquaria, apelidada pelo pai como “Namora” por ser fisicamente parecida com ele (também ela era fruto de uma relação interracial com o povo da superfície), que mais tarde se tornaria mãe de Namorita.

Namor cresceu e viveu aventuras submarinas durante um bom tempo, quase sem contato com as pessoas da superfície, que considerava verdadeiros demônios pelo que faziam com o mar e por ouvir lendas dos demais atlantes.

Quando começou a Segunda Guerra, no entanto, combates entre navios causaram novos estragos em Atlantis e nosso herói foi enviado pelo imperador, seu avô, para se vingar. O herdeiro do mar começa sua vingança em Manhattan, onde acaba enfrentando o Tocha Humana original. Até que uma agente especial do exército chamada Betty Dean é enviada para capturá-lo. Ele fica admirado com a coragem da moça, da qual se torna amigo e, eventualmente, amante. Namor é então convencido de que os vilões de verdade são os nazistas e se une ao Tocha, Capitão América e a outros heróis da época na luta contra Hitler.

No início, a Marvel precisava pagar à Funnies Inc. pelo uso de Namor, mas logo a editora viria a comprar os direitos sobre o personagem.

ALÉM DA ERA DE OURO

Com o fim da Guerra, os gibis com Namor começaram a cair nas vendas, sendo cancelados. A editora Marvel ainda tentou ressuscitá-lo na década de 50, mas os resultados se mostraram tímidos. Em 1962, porém, Stan Lee e Jack Kirby o trouxeram de volta definitivamente, desta vez como vilão da HQ do “Quarteto Fantástico”.

Seis anos depois ele, já reabilitado, ganhou sua própria revista, desenhada por John Buscema. Mas, com a saída deste, o novo gibi começou a cair de nível, caminhando para o cancelamento. Os autores ainda tentaram, em 1973, dar um uniforme de super-herói para Namor, mas nem assim ele escapou do cancelamento. A partir de então, nosso Homem-Peixe sempre ensaiou uma volta às bancas, mas quase sempre ficou limitado a especiais ou participações nas revistas de outros heróis Marvel.

No Brasil, Namor surgiu em 1940, no “Gibi Mensal” (que emplacou definitivamente o formato “comic book” entre nós), onde era um dos carros-chefes.

Notas e fontes:

- www.toonopedia.com/subbie
- Antônio Luiz Ribeiro


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