Vertigo: Além do Limiar


Cândido Rondon



Nome: Cândido Mariano da Silva Rondon
Licenciador: Personagem Real
País de origem: Brasil


Lista de revistas com participação de Cândido Rondon

Marechal Rondon foi um conhecido sertanista (explorador do interior do Brasil), o qual atuou na defesa dos povos indígenas e na integração do oeste e norte do Brasil. Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Santo Antônio de Leverger, no estado do Mato Grosso, em cinco de maio de 1865. Descendente de três povos indígenas – bororo, terena e guaná –, Rondon era órfão. Seu pai, Cândido Mariano da Silva, morreu antes do seu nascimento e a mãe, Claudina Lucas Evangelista, morreu em 1867. Rondon foi criado pelo seu tio, Manoel Rodrigues da Silva Rondon. O sobrenome “Rondon”, inclusive, foi uma homenagem feita pelo futuro marechal ao tio, morto em 1890. Realizou sua educação básica na cidade de Cuiabá. Finalizou os estudos aos 16 anos.

Logo depois, ingressou no Exército e mudou-se para o Rio de Janeiro com o intuito de estudar na Escola Militar do Rio de Janeiro. Lá obteve bacharelado em Ciências Físicas e Naturais e conseguiu prosperar na hierarquia militar. Aos 23 anos, ocupava o posto de alferes-aluno no Exército. Nesse período, o Brasil passava por grande agitação social e política, em razão da questão da abolição do trabalho escravo e da proclamação da república. Rondon apoiou tanto a abolição como a derrubada da monarquia no país. Após se formar, Rondon tornou-se professor substituto da Escola Militar, mas optou por trocar de função a fim de trabalhar como assistente do major Antônio Carneiro no trabalho de construir uma linha telegráfica a qual ligaria Mato Grosso e Goiás.

A partir de 1892, Rondon tornou-se capitão no Exército e assumiu a chefia da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas. A partir desse período, Rondon também se envolveu na construção de uma estrada que ligava Cuiabá ao Rio de Janeiro. As obras realizadas para conectar o Mato Grosso à capital do Brasil estenderam-se de 1891 a 1906. Posteriormente, seguiu sua carreira como sertanista e foi convidado pelo governo a construir linhas telegráficas até o vale amazônico. Para isso, formou, em 1907, a expedição Comissão Rondon, na qual esteve à frente de uma equipe a qual promoveu uma série de estudos no território amazônico. Essa expedição de reconhecimento da floresta amazônica existiu até 1910.

No final da década de 1910, voltou a trabalhar na exploração do interior do estado do Mato Grosso, enquanto ainda estava envolvido na comissão responsável pelos telégrafos. Durante todo esse período, Rondon manteve contatos pacíficos com inúmeras aldeias indígenas. Na década de 1920, Rondon engrossou as fileiras dos tenentistas e participou da Revolução Paulista de 1924. Tornou-se general e, no governo de Washington Luís, foi nomeado a supervisionar as fronteiras do Brasil de norte a sul. Negou-se a apoiar a Revolução de 1930 e foi brevemente preso por isso, mas foi depois libertado e nomeado a continuar na vistoria das fronteiras do país. Em 1939, assumiu o Conselho Nacional de Proteção ao Índio, instituição surgida para substituir o antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI).

Na década de 1940, manifestou-se publicamente contra o fascismo e atuou para que o governo brasileiro se juntasse aos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. No final de sua vida, lutou pela criação do Parque Nacional do Xingu. Ele morreu em 19 de fevereiro de 1958, em sua residência no Rio de Janeiro. Toda a atuação de Rondon como sertanista e defensor dos direitos dos índios fez com que ele recebesse inúmeras homenagens. Vários eventos científicos em todo o planeta homenagearam-no.

Aqui no Brasil existem cidades e até um estado que levam em seus nomes uma homenagem a Rondon: No Mato Grosso, a cidade de Rondonópolis; no Paraná, a cidade de Marechal Cândido Rondon; e, em 1956, o território de Guaporé, na Região Norte, teve seu nome alterado para Rondônia. Ele também foi promovido a marechal pelo Exército aos 90 anos. Rondon ainda foi considerado por muitas personalidades como merecedor do Nobel da Paz pelo seu trabalho na defesa dos índios. Até mesmo Albert Einstein, um grande nome da Física, sugeriu que ele fosse indicado para receber o prêmio. Infelizmente, o sertanista nunca recebeu o Nobel.

FONTE:
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/marechal-rondon.htm

Cândido Rondon



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  • Amilton José de Oliveira
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    Amilton José de Oliveira
    em 25/12/2016 19:33:00
    Editado por Fabio Garcez