Vertigo: Além do Limiar


Calígula



Nome: Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus
Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Calígula

Calígula [12-41] foi o terceiro imperador da primeira dinastia do Império Romano, o qual governou entre os anos 37 e 41 da era Cristã. Mentalmente desequilibrado, seu governo foi marcado por arbitrariedades e extravagâncias, entre elas a de nomear seu cavalo, Incitatus, cônsul romano. Caio Júlio César Augusto Germânico, conhecido por Calígula, nasceu em Anzio, região do Lácio, no centro-oeste da Itália, no dia 31 de agosto do ano 12. Filho de Agripina e de Germânico César, membro da dinastia Júlio-Claudiana, considerado um dos melhores generais do Império Romano. Calígula cresceu nos acampamentos militares da Germânia Inferior, onde seu pai era o comandante do Exército Imperial. Recebeu o apelido de “Calígula” em alusão às pequenas sandálias militares (ou “caligae”), que o jovem usava.

Em outubro de 14, durante uma expedição à Síria, seu pai morreu vítima de envenenamento. O povo e o Senado se voltaram contra o imperador Tibério, o qual foi acusado pela morte, pois via no general um perigoso rival político. Após a morte do pai, Calígula foi adotado, como herdeiro, pelo imperador Tibério, seu tio-avô. Em 33, foi nomeado questor. No ano 37, com a morte de Tibério, Calígula foi aclamado imperador romano pelo povo e pelo Senado. Ao assumir o poder, foi recebido com entusiasmo pelo exército, o qual se mantinha fiel a seu pai. Os primeiros meses do governo de Calígula foram prósperos. Segundo alguns historiadores, ele respeitou o Senado e devolveu à Assembleia popular o direito de eleger os magistrados. Decretou amplas anistias àqueles que haviam sido condenados durante o mandato de Tibério e organizou grandes espetáculos circenses.

Ainda no ano de 37, Calígula foi vitimado por uma doença e começou a mostrar sinais de desequilíbrio mental, quando passou a dar mostras do seu caráter autoritário e de suas extravagâncias. Condenou sem processo o seu primo Tibério Gemelo e o chefe dos pretorianos Macrón. Procurou governar com o apoio do povo em direta oposição os senadores ricos. Os cofres do Império Romano se esvaziaram rapidamente para pagar as tropas e custear as festas da corte. Calígula se viu obrigado a aumentar demasiadamente os impostos e ordenou a execução, por diferentes motivos, dos romanos mais ricos a fim de tomar os seus bens. Obcecado pelo poder e pela religião do Egito difundiu o culto egípcio da deusa Isis, considerou-se uma divindade e mandou colocar suas estátuas em vários templos, entre eles o de Jerusalém.

O obelisco, localizado na Praça do Vaticano, foi levado a Roma pelo imperador Calígula. Provavelmente originário do reinado do faraó Amenemés II, foi transportado para Roma para se tornar a “espinha” do circo de Calígula, localizado a poucos metros ao sul da Velha Basílica de São Pedro. Só em 1586, o papa Sixto V removeu o obelisco para o centro da Praça de São Pedro. Em sua política exterior, Calígula aumentou o número de reinos vassalos no Oriente e reduziu a autonomia dos territórios ocidentais. No ano de 39, realizou uma expedição à Germânia e à Gália Setentrional com o objetivo de sufocar uma rebelião do General Cornélio Lêntulo e outra à Gália, com o fim de conquistar a Bretanha.

Calígula anexou o reino da Mauritânia e, na Judeia, nomeou rei seu amigo Herodes Agripa. Calígula foi um dos mais cruéis, polêmicos e extravagantes imperadores de Roma. As orgias suntuosas promovidas por ele, o absurdo de ter nomeado seu cavalo cônsul romano, além de outras atrocidades, atraíram para si o descontentamento do senado e também do povo, que pagava impostos cada vez mais pesados. Diversas conspirações foram tramadas contra ele, que acabou assassinado por oficiais da guarda pretoriana, no dia 24 de janeiro de 41. No mesmo dia, seu tio Cláudio foi declarado imperador pelos próprios pretorianos.

FONTE:
https://www.ebiografia.com/caligula/

Calígula



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 18/12/2009 15:17:00