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Brucutu



Nome original: Alley Oop
Licenciador: Newspaper Enterprise Association
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: V. T. Hamlin

Lista de revistas com participação de Brucutu

Uma espécie de Popeye pré-histórico, Brucutu apareceu pela primeira vez nos jornais americanos, em 5 de dezembro de 1932, sob forma de tira diária (em preto e branco) lançada por um pequeno distribuidor ("syndicate"), o Bonnet-Brown. A tira permaneceu nas seções de quadrinhos dos diários até 26 de abril de 1933, quando o Bonnet-Brown fechou as portas. A partir de 7 de agosto de 1933, porém, a tira foi comprada e distribuida pelo Newspaper Enterprise Association (NEA). Através desse grande distribuidor, aquelas primeiras tiras de "Brucutu" foram retrabalhadas para atingir um público maior e mais exigente. A essas novas tiras, foi acrescentada uma página dominical (colorida) em 9 de setembro de 1934.

Brucutu é o forte habitante do reino de Mu (no original, Moo) que vive com seu dinossauro de estimação, Dinny. Carrega sempre um martelo de pedra e veste apenas um calção de pele, preferindo lutar contra os ferozes dinossauros da selva do que conviver com seus compatriotas.

Apesar do ambiente pré-histórico, o alvo das tiras era a sátira da vida suburbana. As primeiras Histórias eram centradas nas aventuras de Brucutu e seu amigo troglodita, Foozy e a namorada Ulla, o Rei de Mu, Gus, a Rainha Umpateedle e cidadãos diversos. Brucutu e seus camaradas vivem eventuais escaramuças com os habitantes do reino rival de Lem, governado pelo Rei Tunk. (Os nomes Mu e Lem são possivelmente referências aos lendários continentes de Mu e Lemúria).

Para incrementar o enredo, Hamlin introduziu na história, em 5 de abril de 1939, um dispositivo até então incomum - uma máquina do tempo, inventada no século XX pelo Professor Papanatas. Vindo para o século XX, Brucutu tornou-se um piloto de testes para Papanatas, embarcando por viagens através de vários períodos da História, como o Antigo Egipto, a Inglaterra Arturiana ou o Velho Oeste. Brucutu acompanhou Cleópatra, Rei Artur e Ulisses em suas aventuras e até chegou a viajar para Lua. Nos desenhos mais recentes foram acrescentados um assistente, que por vezes agia como herói, noutras como vilão, chamado Oscar Bomba; depois uma nova assistente juntou-se, chamada Ava.

Para se ter uma idéia da importância de "Brucutu", foi esse personagem que ajudou o "Gibi" de Roberto Marinho a se tornar um dos grandes sucessos da época (as outras historietas que acompanhavam "Brucutu" no "Gibi" eram "Cesar e Tubinho" de Roy Crane, "Bronco Piler" de Fred Harman, "Charlie Chan" de Alfred Andriola, "Histórias da Bíblia" de Dan Smith, "Jack do Espaço" de Zack Mosley, "Ferdinando" de Al Capp, "Barney Baxter" de Frank Miller e outras). Brucutu continuou no "Gibi", com algumas interrupções, até a década de 60.

Em 1971, quando Hamlin aposentou-se, seu assistente Dave Graue assumiu a publicação. Sua última estória apareceu a 1 de abril de 1973, um domingo. De seu estúdio na Carolina do Norte Graue continuou produzindo a tira, até sua própria aposentadoria, em agosto de 2001. Ele morreu pouco depois, em 10 de dezembro deste ano, num acidente em que seu carro chocou-se contra um caminhão. As tiras de Brucutu, entretanto, sobreviveram a seus autores, sendo ainda publicadas por Carole Bender (roteiro) e Jack Bender (ilustrador).

As tiras diárias (em preto-e-branco) de Brucutu foram publicadas também em jornais brasileiros, como “O Globo” (entre os anos 50 e 70). “O Globo” publicou também as páginas dominicais coloridas no seu suplemento “Globinho Supercolorido” a partir do número 1, em 2 de julho de 1972. No México, curiosamente o personagem é chamado de “Trucutú” (na editora Novaro).


Notas e fontes —
(na ilustração ao lado, Brucutu, sua bela Ulla e o dinossauro de estimação, Dinny)

Brucutu



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