Vertigo: Além do Limiar


Bolinha



Nome: Tomás França
Nome original: Tubby (Thomas Tompkins)
Licenciador: Classic Media
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Marge

Lista de revistas com participação de Bolinha

Bolinha é aquele hilário e gordo garoto das HQs de “Luluzinha”. Metido a machão (é o presidente do Clube dos Meninos — no qual “menina não entra”), chorão e comilão, ainda banca o detetive amador nas horas vagas, assumindo a alcunha de “O Aranha”.

Há também uma nova versão do Bola, feita para adolescentes, onde ele aparece mais velho e mais magro.

Bolinha foi originalmente o único coadjuvante de Lulu concebido por sua criadora, a cartunista Marge (Marjorie Henderson Buell). Os demais foram acrescentados pelo escritor e desenhista John Stanley, incumbido das histórias em quadrinhos, lançadas em 1945 pela americana Dell Comics. Mas foi Stanley que o batizou de “Bolinha” (“Tubby”), pois nas poucas vezes em que apareceu nas charges de Marge ele era chamado de “Joe”. Mais tarde, nas HQs, ficou estabelecido que o nome verdadeiro dele é Thomas Tompkins (“Tomás França”, na tradução brasileira).

No Brasil, além de coadjuvante nos gibis da Luluzinha, teve revistas próprias publicadas por Edições O Cruzeiro (184 números de 1957 a 1972) e pela Editora Abril, (194 números de 1975 a 1992), além de 13 edições conjuntas “Lulu e Bolinha” até 1995.

O gibi americano de “Bolinha” (“Marge’s Tubby”) era uma “spin-off” (desdobramento) da revista “Luluzinha”, da Dell. Nesta série do menino gordinho, Lulu nunca aparecia, assim Stanley podia concentrar-se no sempre fascinante e descarado personagem-título, um dos grandes “outsiders” dos quadrinhos junto ao inestimável “Dudu” (o comedor de hamburgers do “Popeye”) de E. C. Segar.

Bolinha nunca conquista seu espaço. Seu status é permanentemente ameaçado por seus supostos amigos, seus inimigos, seus pais ou qualquer outra figura de autoridade. Como muitos outros anti-heróis de Stanley (“Pica-Pau”, Loo em “Dunc e Loo” ou “Peter Pottle”), Bolinha é seu pior inimigo. O orgulho e um excessivo ego masculino são sua eterna perdição.

Ele deseja ser apreciado, mas nunca pelo que ele é, e busca aprovação tentando ser outra pessoa. Mas, é claro, nunca consegue. Essa total falta de auto-conhecimento faz dele uma grande criatura de ficção, muito mais rico e mais bem definido do que o original unidimensional de Marge Buell.

Nas primeiras edições de “Bolinha”, Stanley foi responsável pelo roteiro e pela parte gráfica. Foram apenas os trabalhos publicados na década de 50 que o tem como autor total das histórias (concretamente, as dos números de 2 a 9). Em seguida, delegaria as tarefas da parte visual a Lloyd White, que seguia fielmente os racunhos de Stanley, ainda mais do que Irvin Tripp, o artista regular de “Luluzinha”.

“The guest in the ghost hotel” (“O hóspede no hotel fantasma”) é uma história que apareceu no número 7 do gibi americano de “Luluzinha”. Esta história contém uma série de temas que aparecem ao longo da carreira de Stanley como escritor de quadrinhos. Ela começa com uma cena traumática, uma criança presa em uma areia movediça, nas profundezas de uma floresta sombria. A cena rapidamente se transforma em uma mórbida comédia sobrenatural completamente imaginativa, em que Bolinha está em constante perigo.

Assim, “O hóspede no hotel fantasma” é um dos mais obscuros contos de Stanley, em uma carreira em que frequentemente ofereceu numerosas amostras de horror e fantasia, a maioria delas altamente imaginativas e eficazes.


Notas e fontes —
Antonio Luiz Ribeiro;
Frank M. Young, em texto postado em seu Stanley Stories blog

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