Álvaro da Costa

Licenciador: Personagem Real

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Álvaro da Costa foi um português, filho do governador-geral do Brasil Duarte da Costa. Notabilizou-se pela disputa com o bispo Pero Fernandes Sardinha [1496-1556] acerca da escravidão de indígenas no Brasil. Em 1553, Tomé de Sousa [1503-1579] foi exonerado do cargo de governador-geral do Brasil e substituído por Duarte da Costa [1505-1560]. Com ele foram também 260 pessoas para o Brasil, inclusive seu filho Álvaro e o então noviço José de Anchieta [1534-1597], jesuíta canário, o qual seria o pioneiro na catequese dos nativos americanos.

A administração de Duarte da Costa foi conturbada. Já de início, a intenção de Álvaro da Costa em escravizar os indígenas, inclusive os catequizados, esbarrou na impertinência de dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil. O governador interveio a favor do filho e autorizou a captura de indígenas para uso em trabalho escravo. Em virtude dessas desavenças, Sardinha foi chamado à corte em Lisboa para prestar esclarecimentos. O mesmo partiu em 15 de junho de 1556, mas naufragou na costa de Alagoas, onde acabou devorado pelos caetés antropófagos.

Em 1557, Álvaro da Costa recebeu de seu pai uma sesmaria entre os rios Jaguaripe e Paraguaçu, Recôncavo baiano, com mais ou menos quatro léguas de costa e 10 léguas para o sertão. Um ano depois, ele e seu pai voltaram a Portugal, e, em 1562, o sesmeiro foi ao rei pedir a confirmação de suas terras no Brasil, com a alegação de que não havia aproveitado nem morado na terra nos prazos estipulados devido à sesmaria “estar de guerra”. No dia 21 de março de 1566, Dom Álvaro foi, uma vez mais, pedir ao Rei a confirmação de suas posses.

O monarca pediu as terras em capitania e manifestou o desejo de fazer vilas e povoações. O rei atendeu ao pedido de D. Álvaro da Costa e converteu as terras em donatarias. Todavia, Duarte da Costa, sobrinho de D. Álvaro, tornou-se jesuíta e em 1607 e concedeu a capitania aos inacianos. No entanto, essa posse foi contestada por seu irmão, Gonçalo da Costa. Dom Felipe II tomou para a Coroa a posse da donataria em 1612, e passou para família Costa novamente, a qual continuou com a mesma até o ano de 1763, quando o território voltou a pertencer à Coroa.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvaro_da_Costa_(Brasil_Col%C3%B3nia)

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Adicionado por
Antônio Luiz Ribeiro
em 27/04/2008 18:31:00

Editado por Fabio Garcez, pricardoam | Ver outras contribuições