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Aleister Crowley



Nome: Edward Alexander Crowley
Licenciador: Personagem Real
País de origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte


Lista de revistas com participação de Aleister Crowley

Aleister Crowley [1875-1947] transformou a prática de magia em estilo de vida. Ao longo de seus 72 anos, ficou conhecido como “o homem mais perverso do mundo”, ou a “Besta 666”. Edward Alexander Crowley nasceu em 1875, na região de Warwickshire, Inglaterra. De uma família cristã de posses, seu pai, Edward, ficou rico com a cervejaria da família e morreu de câncer quando o filho tinha 11 anos. Sua mãe, Bertha, tinha uma relação péssima com o filho, a quem chamava de “A Besta”. Na juventude, mudou o nome para Aleister. Em 1895, entrou para a Universidade de Cambridge, onde cursou filosofia. Na época, já havia iniciado as pesquisas sobre esoterismo. Nesta época surgiram boatos de que ele seria um espião do governo. Até a morte, Crowley visitou vários países, como a União Soviética e a Alemanha, com objetivos misteriosos.

Aos 20 anos, seus principais hobbies eram o misticismo, escrever poesias eróticas, jogar xadrez e escalar montanhas. Ele também frequentava prostíbulos e usava drogas para alcançar outros planos espirituais. A prática do sexo com fins místicos seria uma constante na vida de Crowley, bissexual e adepto ao “ménage à trois” e ao sadomasoquismo. Crowley começou a participar de uma organização clandestina, a Ordem Hermética do Amanhecer Dourado (The Hermetic Order of the Golden Dawn), onde, com 23 anos, iniciou sua carreira como místico. Após uma briga com membros antigos, como o poeta William Butler Yeats, deixou o grupo. Mas a ordem inspirou várias práticas que ele defenderia. Em 1904, casou-se com Rose Edith Kelly. O casal passou a lua de mel no Egito, onde Aleister entrou em contato com um espírito chamado Aiwass, o qual teria ditado a ele o Livro da Lei (Líber Legis) entre os dias oito e 10 de abril.

Nele é encontrado o lema mais famoso do mago: “Faça o que você quiser, que há de ser tudo da lei”. Aiwass seria emissário de um deus egípcio chamado Hoo-paar-kraat, conhecido na Grécia como Harócrates, o qual cuida dos segredos místicos e do silêncio. O Livro da Lei deu início a Thelema, religião fundada por Crowley, o qual defendia que o mundo passou por diversos aeons, ou fases espirituais. Segundo a Thelema, o primeiro aeon foi comandado por uma mulher. O segundo, por um homem. E o terceiro, e atual, por um deus criança, o qual seria Hoo-paar-kraat. Para entrar em contato com o mundo espiritual, Crowley praticou magia negra, orgias e ficou viciado em cocaína e heroína. Nunca fez sacrifícios humanos, apesar de lhe terem atribuído tal fama. O mago também tentou trazer à vida os deuses romanos Júpiter e Mercúrio. Mais uma vez, os rituais envolviam sangue de animais, uso de drogas e longos períodos de atividades sexuais.

Tudo era descrito com detalhes em seus diários, posteriormente publicados em forma de livros. Seus parceiros dessa época, os quais viviam em Paris, rapidamente se afastaram dele. Em sua residência na Escócia, a Casa Boleskine, Crowley tentou contatar o anjo da guarda por intermédio de um ritual bizarro: ele teria que invocar 12 demônios e neutralizar um a um, ao longo de seis meses da mais completa abstinência. Acontece que o ritual foi interrompido no meio, porque ele precisou viajar a Paris. Desde então, a casa ficou marcada pelas tragédias, mesmo após ser vendida, em 1913. O major Edward Grant, dono do imóvel nos anos 1960, cometeu suicídio deitado na cama onde Crowley dormia. Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, também foi dono, mas tinha medo de dormir no local. Em 2015, o lugar pegou fogo misteriosamente e hoje se encontra em ruínas.

Em 1909, durante uma viagem pela Argélia, Crowley invocou 30 demônios em uma cerimônia de magia sexual. Teria sacrificado animais domésticos para o demônio Choronzon, conhecido pelo número 333, e por provocar alucinações assustadoras. Na ocasião, estudava o Alcorão e as conexões do islamismo com a magia. Em 1920, fundou a Abadia de Thelema na Sicília (Itália), espaço dedicado à prática de magia. Três anos depois, um seguidor do grupo, Raoul Loveday, morreu dentro do templo ao beber o sangue de um gato sacrificado. Na ocasião, o ditador italiano Benito Mussolini expulsou Crowley do país. Ainda na década de 1920, a imprensa britânica deu-lhe o título de “o homem mais perverso do mundo”. Apesar da fama, nunca teve muitos seguidores e chegou a torrar todo o patrimônio da família. Suas viagens pelo mundo seriam bancadas por fiéis que participavam de seus rituais esotéricos.

Em 1930, com a ajuda do poeta Fernando Pessoa, Crowley simulou a própria morte em Portugal. Reapareceu semanas depois em Berlim. Aleister Crowley morreu em 1947, pobre e quase sem seguidores. Mas a maneira como praticava magia inspirou outros esoteristas, ajudou a aumentar a corrente neopagã no mundo ocidental nas décadas de 1960 e 1970, além de deixar marcas na cultura, inclusive no Brasil, onde o escritor Paulo Coelho e o cantor Raul Seixas eternizaram o hino a Crowley na canção intitulada “Viva a Sociedade Alternativa”.

Aleister Crowley


Grupos
  • Intempol



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  • Marcos Nash
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    Marcos Nash
    em 25/09/2019 20:46:00