Vertigo: Além do Limiar


George Tuska



País de nascimento: Estados Unidos da América
26 de abril de 1916
16 de outubro de 2009

Lista de revistas com trabalhos de George Tuska
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Artista americano, filho de imigrantes russos, George Tuska nasceu em Hartford, Connecticut. Começou a trabalhar com quadrinhos em 1938 (e não 1939, como indicam algumas fontes), no estúdio Eisner & Iger (que Will Eisner dividia com Jerry Iger).

Foi convocado para a Segunda Guerra Mundial onde trabalhou desenhando para artilharia. Depois do conflito, trabalhou para Lev Gleason ilustrando o gibi policial “Crime Does Not Pay”, que tinha uma circulação mensal de mais de um milhão de cópias.

Com a criação do selo Comics Code, que acabou com os gibis mais violentos e sadomasoquistas, Tuska passou a desenhar para a Tower Comics e para tiras de jornais, como “Scorchy Smith” e “Buck Rogers”. Neste último ele não foi feliz. Seu “Buck” era bem inferior aos de seus antecessores. A grande fase do desenhista aconteceu mesmo foi em meados da década de sessenta, quando foi trabalhar com Stan Lee na Marvel Comics, fazendo “Capitão América” e “Hulk”, antes de tomar as rédeas do “Homem de Ferro”. Inclusive há quem considere Tuska um dos pais do universo Marvel de super-heróis (que surgiu naquela época), ao lado de Lee, Kirby, Ditko e Heck. É nessa época que seu traço fica mais identificável: é a fase dos vilões dentuços, de olhares enlouquecidos, às raias da insanidade, e das mulheres de rostos angelicais e corpos sensuais. Assim como os colegas da casa (Kirby, Buscema, Colan...), adotou o método Marvel de desenhar poses dos heróis, que consistia em “distorcer” anatomicamente os corpos dos personagens, em cenas de ação, a partir de vários ângulos.

Tuska continuou a ser o artista principal de “Homem de Ferro” por 10 anos. Além do conhecido Vingador Dourado, ilustrou “Shanna” (1972), a quadrinização do primeiro filme “O Planeta dos Macacos” (1974) e “Luke Cage”, em parceria com o escritor Steve Englehart. Este conta que Tuska ignorava as subtramas do colega roteirista e mandava a arte de volta com explicações do tipo “não estava a fim de desenhar isso aí”. Ainda segundo Englehart, no n° 8 Tuska engabelou-o e o fez referir-se a Luke Cage como um bom “schvartze”. Englehart não percebeu que “schvartze” era um termo iídiche ofensivo aos negros. Três dias depois, saiu um pedido de desculpas envergonhado.

Tuska deixou a Marvel no fim dos anos setenta para tentar novamente a sorte nas tiras diárias e páginas dominicais, fazendo “The world's greatest superheroes” (publicadas no Brasil pelos jornais “O Globo” e “Zero Hora” com o título “Super-heróis”), HQ que reunia “Superman” e outros heróis da “Liga da Justiça”. Mais tarde, ele desenhou para a DC algumas edições do “Lanterna Verde”, “World's Finest” e da “Liga da Justiça”.

Ele se aposentou do trabalho profissional em meados da década de oitenta, mas continuou a desenhar, até sua morte, atendendo a pedidos de fãs do mundo todo.


(na foto, o desenhista por volta da segunda metade dos anos 60)



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