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Calixto Cordeiro - ‘K. Lixto’



País de nascimento: Brasil
14 de outubro de 1877
11 de fevereiro de 1957

Lista de revistas com trabalhos de Calixto Cordeiro - ‘K. Lixto’
Veja lista detalhada dos trabalhos


Sem dúvidas um dos maiores caricaturista e chargista do Brasil de todos os tempos, também artista plástico e professor de artes, Calixto Cordeiro nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, no ano de 1877. Teve aulas de artes na Casa da Moeda em 1890, se tornando professor de gravura na mesma instituição, em 1893. Em 1895, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, e torna-se litógrafo da Imprensa Nacional.

Seu primeiro trabalho como caricaturista profissional foi em 1898, na revista "O Mercúrio", onde cria o pseudônimo pelo qual era mais conhecido, "K. Lixto".

Em 1902, funda a revista "O Tagarela" com seu amigo e companheiro de trabalho, Raul Pederneira. Porém, a consagração como caricaturista só viria mais tarde na revista "O Malho", revista que ajuda a fundar e viria a ser, ao lado de seu amigo Raul, diretor de artes com o afastamento de Chrispim do Amaral. A direção de artes em "O Malho" com Pederneiras marca um período especialmente criativo em sua carreira onde, ambos jovens na faixa dos 20 anos de idade, dão uma irreverência e jovialidade únicas à publicação. Neste período também faz participações na revista infantil "O Tico Tico".

O artista era conhecido por sua elegância, como nos diz Cordeiro de Oliveira: "Fraque preto, camisa imaculadamente branca, colarinho de pontas viradas, botões de ouro no peitilho e duas caveiras como abotoaduras. Excessivamente magro, o bigode e a cabeleira brancos, um chapéu preto de abas largas e um monóculo". Esse modo de vestir ele manteve ao longo da vida, mesmo quando já havia saído de moda: "o Rio mudou, mas ele se recusou a mudar com o Rio", como diz o jornal A Noite, em outubro de 1914.

Participa nos primeiros anos do século passado ainda das mais diversas publicações, como "Ilustração Brasileira", "Século XX", "Kosmos", "Gazeta de Notícias", "Fon-Fon", entre outras. Na "Fon-Fon" torna-se novamente diretor de artes com o inseparável Raul Pederneira, em 1907.

Na revista D. Quixote entra em 1917, e colabora em suas páginas até 1928. Desenhista de renome, seus trabalhos continuam a figurar nas mais famosas publicações da primeira metade do século XX, como "O Cruzeiro" e "Zero Horas".

Em 1944 funda a Associação Brasileira de Desenho, junto de outros artistas. Também trabalhou na publicidade, sendo famosos seus cartazes para o xarope para contra tosse Bromil. Até o final de sua vida, leciona artes na escola Visconde de Mauá, onde entra em 1924 e fica por mais de 30 anos.

K. Lixto falece em 1957, aos 80 anos, depois de mais de meio século como caricaturista. Em poucas palavras, Cordeiro de Oliveira dá uma definição para o artista: alguém de "inteligência rara, um espírito vivaz, uma verve impagavelmente gostosa e aquele reconhecido pendor para o humorismo".

Erico Molero.

Fontes:

A Noite - 14/10/1914.

FELÍCIO, Cláudia. In www.ofluminense.com.br (04/01/2014 )

Jornal do Brasil - 7/09/1922.

"Kalixto, o mestre da caricatura no Brasil". In Ilustração Brasileira, março de 1957.

OLIVEIRA, Cordeiro de. "A reportagem que eu não escrevi". In Correio da Manhã - 12/02/1957.

http://www.itaucultural.org.br/

Caricatura: K. Lixto, no traço do amigo Raul Pederneira, em 1903.


Calixto Cordeiro - ‘K. Lixto’


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    Erico Molero
    em 19/08/2014 02:59:00
    Editado por Erico Molero