Vertigo: Além do Limiar


Tex



Nome: Tex Willer
Nome original: Tex
Licenciador: Sergio Bonelli Editore
País de origem: Itália
Criado por: Aurelio Galleppini - ‘Galep’, Giovanni Luigi Bonelli - ‘Gianluigi Bonelli’

Lista de revistas com participação de Tex

    Primeira aparição no:
  • País de origem
    Collana Del Tex (1948)  n° 1 - Edizioni Audace
  • Brasil
    Júnior  n° 28 - O Globo
O mais antigo cowboy de quadrinhos ainda em circulação, Tex Willer foi criado em 1948 por dois italianos e para o mercado italiano. Inspirado em Tom Mix (além de outras influências, como Gary Cooper), no início era um fora-da-lei. Tanto que cogitou-se dar-lhe o sobrenome de “Killer” (matador, em inglês). Felizmente, a boa índole acabou prevalecendo e Tex se tornou um respeitadíssimo (mas não menos temido) ranger do Texas e até se tornou chefe branco dos índios navajos, ao casar-se com a filha do chefe e, depois, sucedê-lo no comando da tribo. Seus principais parceiros (ou “pards”, termo criado por G.L. Bonelli) são Kit Carson, Kit Willer (o filho) e o navajo Jack Tigre.

A origem de Tex, no entanto, só foi revelada aos leitores mais tarde. Ele era filho de um rancheiro, Ken Willer, que se recusara a vender suas terras. Em conseqüência, a propriedade foi atacada por bandidos, resultando na morte do patriarca. Tex, é claro, não deixou barato e foi atrás dos velhacos, eliminando todos. Mas, para a Lei, ele se tornou um fugitivo e, durante suas andanças, arranjou emprego num rodeio de circo, onde ganhou seu cavalo Dinamite. Não podendo mais ficar no trabalho, aceitou a proposta de Kit Carson de se tornar um ranger, a serviço do governo dos Estados Unidos, percorrendo todo o território do Oeste em missões especiais.

Ao contrário de outros mocinhos pasteurizados de sua época, Tex bebia, fumava, tinha mau temperamento, espancava bandidos para obter informações, não era romântico, não cantava, não tocava violão, não bebia leite, não queria ser convidado para jantar na sua casa... Mas não dispensava um belo bife de três dedos de altura debaixo de uma montanha de crocantes batatas fritas, ornamentado por dois ovos fritos e regados por uma farta caneca de cerveja.

Essas características do novo personagem acabaram chamando a atenção dos leitores italianos, obrigando a editora Tea Bonelli (ex-esposa do criador do herói) a dar mais atenção àquele cowboy obscuro (Tex aparecia, até então, em uma revistinha secundária da empresa, em formato de talão de cheques).

No Brasil, o herói estreiou em 25 de fevereiro de 1951 (três anos após seu nascimento na Itália), na revista "Júnior" nº 28, e foi chamado inicialmente de “Texas Kid”. A partir dos anos 70, já simplificado para “Tex” pela editora Vecchi, foi publicado ininterruptamente até hoje.

O valente ranger também foi adaptado para outras mídias. Em 1956, Bonelli lançou o livro "Il massacro di Goldena" (mais tarde adaptado para as HQs como “Território Apache”). E no cinema, Giuliano Gemma foi o herói em "Tex e o Senhor do Abismo" (1985).

Duas curiosidades: em suas primeiras aparições, Tex tinha vinte e poucos anos. Hoje, ele tem 45. Os autores acharam por bem, à certa altura da série, envelhecê-lo uns 20 anos — talvez para acabar com uma incoerência: o fato de Tex estar presente em acontecimentos históricos cronologicamente distantes uns dos outros.

Ele sempre ficou conhecido pela camisa amarela que sempre usa, faça dia, faça sol (embora algumas vezes os coloristas o apresentem com uma vermelha). Para quem pensa que trata-se da mesmíssima camisa, no número 463 de sua revista, na página 109, ele explica: "Sempre carrego [na sela] uma camisa e um lenço de reserva".

- Antônio Luiz Ribeiro


Notas e fontes —
"Tex" (editora Mythos) 395, pág. 97;
Lista das histórias de “Tex” produzidas na Itália:
(..) http://it.wikipedia.org/wiki/Albi_a_striscia_di_Tex#Serie_Alabama
(..) http://www.ubcfumetti.com/tx/16.htm


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