Vertigo: Além do Limiar


Pinduca (Carequinha)



Nome original: Henry
Licenciador: King Features Syndicate
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Carl Anderson

Lista de revistas com participação de Pinduca (Carequinha)

Henry, conhecido no Brasil por Pinduca ou Carequinha, é uma tira de quadrinhos criada em 1932 por Carl Anderson. (em Portugal o nome original americano, “Henry”, foi mantido no “Jornal do Cuto”).

A tira é sobre um menino de calças curtas, que, além de não ter cabelos, possui pernas tortas e quase nunca fala. Na maioria das vezes ele se comunica por mímica.

Ele passou a ser distribuido pela King Features Syndicate, depois que o afamado editor americano William Randolph Hearst viajou para a Alemanha e assinou um acordo com Anderson. A distribuição nos EUA começou em 1934 e as tiras se iniciaram em 1935.

Em meados da década de 30, época em que as histórias em quadrinhos de aventuras tinham conseguido um lugar de destaque na preferência do público leitor, começam a aparecer nos Estados Unidos as primeiras tiras de um personagem cujo universo em muito se distancia do peculiar àquele gênero de histórias.

O mistério, o suspense e as peripécias dos heróis — quase sempre invencíveis — dão lugar, nas novas tiras, às “aventuras” cotidianas de um menino que divide suas preocupações entre a maneira de conquistar sua namorada, conseguir um doce, passar a perna nos adultos ou inventar uma nova brincadeira com seu cachorro.

A estreia se deu nas páginas do semanário “Saturday Evening Post”, em 19 de março de 1932. Dois anos depois, a historieta passaria para o King Features Syndicate, de William Handolph Hearst. E somente um ano depois já estava nas páginas dominicais, livros e também viraria animação. Suas aventuras (que ocorrem num subúrbio americano qualquer) estrearam no Brasil em 10 de setembro de 1936, no “Suplemento Juvenil”. As dominicais saíram entre nós também no “Suplemento Infantil” do “Diário de S. Paulo”, nos anos 50.

O curioso é que as tiras da série praticamente são mudas (as “gags” são apenas visuais), mas naquelas onde há balões, estes saem da boca dos outros personagens, não do singelo protagonista.

Com a morte de Anderson em 1948, os quadrinhos continuaram com o desenho de John Liney até a aposentadoria deste em 1979. Don Trachte o sucederia até 2005, quando também veio a falecer. Neste último período, também houve a colaboração de Jack Tippit e Dick Hodgins, Jr.

As tiras e páginas dominicais de Pinduca não resultam tão somente em gargalhadas, mas também numa reflexão profunda a respeito do mundo infantil, cheio de riqueza em sua simplicidade e que Pinduca tão bem representa na sua forma muda e irreverente de observar e interpretar as complexas atitudes adultas.

Pinduca apereceu em desenho animado dos Estúdios Fleischer, como um coadjuvante de Betty Boop no desenho Betty Boop with Henry, the Funniest Living American (1935).

A Dell Comics publicou uma revista colorida sob o título de Carl Anderson's Henry, com 61 exemplares, no período de 1946 a 1961. Aqui, no Brasil, o Pinduca fala normalmente.

Publicações no Brasil:

A EBAL publicou uma revista em quadrinhos do personagem durante os anos de 1953 a 1961, chamada de Pinduca e durou 100 edições.

A Lord Cochrane, a partir de 1966, passou a publicar o personagem mas o chamou de Carequinha. Suas edições duraram até o número 21.

A SABER o publicou, como Pinduca, em 1970, na revista PEPI PAPO que reunia as histórias de Pestana, Pinduca, Pafúncio e Popeye com duração de 10 edições.

A VECCHI também publicou o personagem em 1975 onde ele era chamado de Carequinha e durou 12 edições.

Pinduca teve ainda algumas coletâneas feitas pela editora ABRIL, em 1976 e em 2002 pela Opera Graphica.


Notas e fontes —
- Antônio Luiz Ribeiro
- “As Melhores Piadas do Pinduca”, Editora Abril, 1976
- Sidnei Dias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_(banda_desenhada)

Pinduca (Carequinha)



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