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Chico Bento



Nome: Francisco Antônio Bento
Licenciador: Mauricio de Sousa
País de origem: Brasil
Criado por: Mauricio de Sousa

Lista de revistas com participação de Chico Bento

Criado em 1960 por Mauricio de Sousa, Francisco (“Chico”) Bento é um menino caipira, de uns oito anos de idade, de uma cidade do interior de “Sumpaulo”. Segundo seu criador, “o Chico Bento já nasceu com seus quase sete anos. Meio feinho, diga-se de passagem, mais magro do que é agora, mas sempre com as características que você vê nas historinhas de hoje”.

Embora tenha sido criado em 1960, Chico Bento só foi publicado pela primeira vez em 1963, como personagem secundário, nas tiras que Mauricio de Sousa batizara de “Hiroshi e Zezinho”, publicadas no “Diário da Noite”, que circulava em São Paulo. “O jornal pertencia ao grupo dos Diários Associados, propriedade do lendário Assis Chateaubriand”.

“Hiroshi, um nissei, e Zezinho (o Zé da Roça, de hoje) no começo das publicações não tinham outros companheiros. Até que o Chico apareceu, foi se infiltrando e ganhou seu lugar de destaque”, recorda Mauricio. “Afinal, era mais interessante do que os dois primeiros, muito 'certinhos'. ”

“Na mesma época, Hiro e Zé também apareciam em páginas tipo tablóide, numa revista chamada 'Coopercotia', da Cooperativa Agrícola de Cotia”.

“A publicação era mensal. E serviu para eu amadurecer traço e características dos personagens. O Chico também passou a aparecer por lá, no meio das histórias dos dois titulares, depois de algum tempo”.

Em seguida o Chico afinal ganhou seu espaço com direito a nome de história e tudo. Foi em 1964, nas páginas de um suplemento semanal colorido, de quadrinhos, que Mauricio fazia para o “Diário de São Paulo”, jornal do mesmo grupo associado. “Ali, o Chico estreava como personagem principal, em cores. O Hiro e o Zé passavam a ser coadjuvantes”, esclarece Mauricio.

Para batizar o personagem, o autor buscou inspiração na família. “Chico Bento é o nome de um meu tio-avô que não cheguei a conhecer. Vivia nas histórias que minha avó contava dos seus tempos de vivência na fazenda da família, no atual bairro do Taboão. Segundo a vó Dita, Chico Bento era um homem superdivertido, gozador, juntamente com seu irmão gêmeo, Zé Bento”, conforme Mauricio lembrou em 29/04/1998.

A tira-solo de “Chico Bento” ficou no jornal por mais de oito anos. E quando quando a Turma da Mônica começou a ser publicada pela editora Abril, a partir de 1970, lá estava Chico e suas hilárias historietas. A empreitada na Abril deu certo, fazendo com o estúdio de Mauricio entrar em expansão, com a contratação de novos desenhistas e arte-finalistas na segunda metade de 1971. Sutis diferenças no traço das historinhas começaram a aparecer já em janeiro de 1972 (como na HQ de duas páginas de “Chico Bento” publicada na revista “Mônica” 21).

Chico Bento foi abrindo cada vez mais espaço na década de 70. Vale notar que até então, Chico e sua turma falavam um português correto, só usando o linguajar da roça raramente (rolava só uma palavrinha aqui ou uma expressão ali). Mas em 1980 eles abraçariam o caipirês de vez. A série se tornou ainda mais popular e, em 1982, ganhou seu próprio gibi.


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