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Chris Claremont

País de nascimento: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
★ 25 de novembro de 1950

Lista de revistas com trabalhos de Chris Claremont

Veja lista detalhada dos trabalhos

Trabalhos	Total
Argumento	307
Editor original	12
História	10
Roteiro	1458
Texto	1

Christopher S. Claremont (nascido em Londres) é um roteirista conhecido principalmente por sua fase de 16 anos (1975-91) escrevendo HQs dos “X-Men”, os populares super-heróis mutantes da editora Marvel. O estilo que concebeu para aquele gibi se tornou referência para as histórias de equipes de super-heróis desde então. Claremont também tem por característica criar personagens femininos “poderosos”, na linha feminista politicamente correta.

Sua carreira começou em 1969, quando contratado pela Marvel como assistente editorial. Sua primeira HQ foi o n° 59 de “X-Men”, onde foi co-autor do argumento (”plot”). Claremont assumiu definitivamente os roteiros de “X-Men” em 1975 (e não 1976, como informam algumas fontes). Ao pegar o posto, ele logo mudou alguns aspectos de um dos heróis, Wolverine, retratando-o como um sujeito mais velho e com um passado nebuloso. Mas teve a sorte de ter como parceiro o desenhista John Byrne. O ápice da parceria aconteceu na edição 137 (setembro de 1980), com a morte da heroína Fênix, resultado do episódio “A saga da Fênix Negra”. O desfecho causou mal estar na redação. A dupla não pretendia matar Fênix, mas o fizeram quando o editor Jim Shooter pediu pra deixá-la presa em um planeta qualquer sofrendo torturas. “Chris, você pode até pensar que os X-Men são seus filhos, mas o fato é que os donos da Marvel deixaram os personagens sob a minha responsabilidade”, bronqueou Shooter. Mesmo cheia de desavenças, a dupla Claremont-Byrne ainda produziu um último bom episódio em duas partes: “Dias de um Futuro Esquecido”. Mesmo sem Byrne, a badalação em cima dos personagens aumentava, e os X-Men se tornam os campeões de vendas do mercado, destronando até o popularíssimo Homem-Aranha. O circuito de convenções afagava muitos egos, mas Claremont constatou que, no geral, ainda era largamente uma subcultura “cueca” e coitada. Os “rock stars”' do mundo dos gibis não tinham as “groupies” dos “rock stars”. Ser “o preferido dos fãs” significava que você podia sair com um bando de nerds espinhentos com o bolso cheio para gastar com originais. Claremont analisou a situação: “Raramente você encontrará entre os fãs, seja de gibis ou de 'sci-fi', um espécime humano magnífico”, observou. “O caso é que, se você tem cabeça ou físico bem formados, não precisa de fantasia — a realidade já basta. Só se joga na fantasia quem precisa dela, e quem precisa de fantasia geralmente está carente de alguma coisa”. Com o tempo, Claremont co-criou muitos dos personagens mutantes da Marvel, para a alegria desses fãs; entre eles “Vampira”, “Lince Negra”, “Fênix”, “Dentes-de-Sabre” (na revista do personagem “Punho de Ferro”), “Mística”, “Emma Frost”, “Rachel Summers”, “Senhor Sinistro”, “Capitão Bretanha” e “Gambit”.

Vários desenhistas passaram pelo título, enquanto os roteiros de Claremont se tornavam cada vez mais confusos e difíceis de serem acompanhados pelos leitores menos comprometidos. Em 1991, um novo título dos X-Men vendeu oito milhões de exemplares na estréia, mas o sucesso foi atribuído ao desenhista Jim Lee. Ninguém parecia mais se importar com os enredos de Claremont, que, enfim, decidiu sair do título ainda em 1991, devido também a mais um conflito de idéias com os editores. Entre os motivos destaca-se o uso de Magneto como supervilão na minissérie “Guerras Secretas” (Claremont estava aos poucos regenerando o personagem) e as mudanças na continuidade que ele pré-estabelecera para a personagem “Rachel Summers” (a segunda “Fênix”) feitas na revista “X-Factor”.

Em 2000 ele voltou para a Marvel para escrever as revistas “Uncanny X-Men” e “X-Men”, passando em seguida para “X-Treme X-Men”. Quando esta última foi cancelada, voltou para “Uncanny”.

Os fãs costumam concordar que o melhor período de Claremont nos quadrinhos foi nos anos 70, principalmente naquelas histórias em que fazia dupla com o desenhista John Byrne.

Chris Claremont esteve no Brasil em 2011, quando participou de uma convenção de quadrinhos no Rio de Janeiro.